domingo, agosto 23, 2009
POEMAS
Alta fidelidade
A alma torturada.
A alma torturada.
A alma torturada, sim,
Cantava
Uma babaca,
Velha adolescente,
Voz de anjo
Para um novo remake.
Porrilhões de acessos em um dia,
Euros & dólares.
Não tem um dia sequer
Que os trouxas não façam turnê.
Prazo de titulação
Quer subir neste Brasil?
Vá de escada, não pelo elevador.
Banque o maior puxa-saco
E lento, mas seguro, ouvirá ‘doutor’.
E-mail de 1909
E penso em ti a cada momento,
Totalmente cioso, pleno de zelo,
Não falo de filho, não o tenho,
Apenas enalteço o desprezo.
O desprezo de certa mulher,
Noite só, de sábado com sal,
Longe da costa, sem escaler,
Ah, o que é tudo isto afinal?
Velha pergunta, de queixa
Travestida, uma boquirrota!
Por favor, agora, de gueixa
Não se vista, tola garota...
Deixai-me, torpor digital,
A vida não sente o calor
Nem o frio, é tudo areial
E vazio, é gelo e vapor!
Conversa fiada de desamor.
Maturação
Já tinha uns 50.
Viu na Internet
Aquela revista
Que dava vergonha
Quando tinha 30!
Minha
Te guardo ainda
Com o mesmo afeto
De um chiclete grudado
Na sola do sapato.
Folga
Concedi descanso ao celular.
Ao adorado computador
E suas mensagens e bookfaces...
Concedi folga até para o carro
Que vou comprar mês que vem,
Logo depois desse engarrafamento.
Então, finalmente, poderei trabalhar.
Hipocrisia
É o espelho
Que os falsos,
Moralistas
E medíocres
Mais distribuem.
Espelhos enviesados.
Opacos.
Partidos
E que devem partir.
(Matheus Fontella)
Alta fidelidade
A alma torturada.
A alma torturada.
A alma torturada, sim,
Cantava
Uma babaca,
Velha adolescente,
Voz de anjo
Para um novo remake.
Porrilhões de acessos em um dia,
Euros & dólares.
Não tem um dia sequer
Que os trouxas não façam turnê.
Prazo de titulação
Quer subir neste Brasil?
Vá de escada, não pelo elevador.
Banque o maior puxa-saco
E lento, mas seguro, ouvirá ‘doutor’.
E-mail de 1909
E penso em ti a cada momento,
Totalmente cioso, pleno de zelo,
Não falo de filho, não o tenho,
Apenas enalteço o desprezo.
O desprezo de certa mulher,
Noite só, de sábado com sal,
Longe da costa, sem escaler,
Ah, o que é tudo isto afinal?
Velha pergunta, de queixa
Travestida, uma boquirrota!
Por favor, agora, de gueixa
Não se vista, tola garota...
Deixai-me, torpor digital,
A vida não sente o calor
Nem o frio, é tudo areial
E vazio, é gelo e vapor!
Conversa fiada de desamor.
Maturação
Já tinha uns 50.
Viu na Internet
Aquela revista
Que dava vergonha
Quando tinha 30!
Minha
Te guardo ainda
Com o mesmo afeto
De um chiclete grudado
Na sola do sapato.
Folga
Concedi descanso ao celular.
Ao adorado computador
E suas mensagens e bookfaces...
Concedi folga até para o carro
Que vou comprar mês que vem,
Logo depois desse engarrafamento.
Então, finalmente, poderei trabalhar.
Hipocrisia
É o espelho
Que os falsos,
Moralistas
E medíocres
Mais distribuem.
Espelhos enviesados.
Opacos.
Partidos
E que devem partir.
(Matheus Fontella)