quarta-feira, junho 14, 2006

 
RUIM DO FÍGADO

Até hoje, leitor,
Não li poeta bom
Que não fosse um tanto louco,
Sofresse dos olhos (por ideologia ou miopia),
Padecesse do coração,
Amargurasse o fígado
E morresse no bolso.
Mas tudo isso é idiotice
Que escrevi para gastar a tarde
E o seu precioso tempo,
Aquele em que você planeja
Como executar seu chefe,
Sua sogra,
O técnico do seu time,
Ou aquele amigo que agora chora
Porque sabe que hoje
Ainda
Não foi traído...

(Matheus Fontella)

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