segunda-feira, janeiro 08, 2007

 
IMAGEM DO DIA

Na foto da FolhaImagem, o resultado da chuva que eleva nível da represa de Guarapiranga, em São Paulo, e submerge parte de píer. A elevação se deve às fortes precipitações que há dias assolam o Sudeste do país e que, somadas a infra-estruturas urbanas precárias, provocam perdas humanas e materiais. Sim, é aquela velha e bizarra moda de verão no Brasil, em que se põe mais a culpa em São Pedro e não no descaso de governos e na falta de senso de parte da população, que polui rios, entope escoamentos com lixo, etc. Nas bandas aqui de Porto Alegre, a prefeitura recentemente prometeu acabar com os alagamentos... Vamos aguardar...

 
FANTASMAGÓRICO

'Motoqueiro Fantasma' (Ghost Rider) é outro dos heróis da Marvel que sai das histórias em quadrinhos para a tela grande. Na trama, o personagem Johnny Blaze (interpretado por Nicolas Cage), motociclista dublê, faz um pacto com as forças do Inferno e vende sua alma para salvar seu pai. Anos mais tarde é procurado por Mefistófeles (vivido por Peter Fonda), que oferece sua liberdade se ele aceitar uma missão: encarar Coração Negro, o filho rebelde do senhor das trevas e que está solto na Terra. Para tanto, Johnny Blaze transforma-se no lúgubre Espírito da Vingança, uma criatura com o crânio em chamas, armada com uma corrente e montada em uma motocicleta com rodas de fogo. É a grande promessa do terror na telona este ano. A película estréia nos EUA em 16 de fevereiro e no Brasil em 2 de março.

 
AS SETE SEREIAS DO LONGE

I – O si-mesmo

Quando a vida
É o mar distante,
Quando a vida
É o domingo à noite,
Quando a vida
É o sonho apenas,
Não se mate,
Não desperdice a corda,
Não incomode a bala,
Pois como matar o eu,
Ele que morto já se sente?

II – O céu

O céu,
Que ao se chegar perto,
Apresenta mais céu
Para se chegar perto,
Não deve ser
O paraíso.

III – A felicidade

Tirar o mel
Do sal da Noite
Talvez seja por isso
Que todo otimista
Se arrume tanto
Para ir ao bar.

IV – A aventura

Aquela,
Aquela viagem
Que a gente já fez
E que nunca termina.
Aquela,
Aquela praia
Que nunca estivemos
E é sempre um pouco mais do mar.
É, a viagem e a praia:
Uma, foi a aventura amada.
A outra, o amor sem ventura,
Ventura
Assim mesmo,
Sem o ‘a’ inicial,
Sem a areia
Ao fim da onda...

V – O longo atalho chamado poesia

Se a Poesia
Da vida
Fosse um atalho
Curto,
Eu pediria
De bate-pronto
Amizade com o rei
E a presença
De todas as mulheres
Que não terei.
Iria ser o meu verdadeiro gol de placa.
Mas a Poesia
Toma sempre um atalho longo,
Rente à trave:
A Poesia é o drible de Dener.
A Poesia é o ‘folha-seca’ de Didi.
A Poesia é a perna mais torta de Garrincha.
A Poesia é a meta
Que parece não existir...

VI – A esperança vendada

Recorde
A vista mais bonita
De seu melhor mar.
Construa,
Muito além desse oceano,
Sua casa de praia, seu castelo
E para lá
Procure levar
Essa certeza:
A esperança vendada
É um farol cego.

VII – A saudade sem objeto

O cansaço de quem busca.
A distância do que não se sabe.
Mais dias,
E o cansaço
E a distância.
E nunca,
Nunca foi expressa
A procura.
Ficou assim,
Saudade
Sem objeto.

(Matheus Fontella - Maio/01 e Outubro/04)

This page is powered by Blogger. Isn't yours?