sexta-feira, fevereiro 29, 2008

 
QUASE OUTONO

Em Porto Alegre, se insinua pelos caminhos um ar de outono, um devaneio esmaecido de Watteau, um embarque para Citera inexistente, um perambular estressado, um despedir-se do veraneio, um correr por tudo e para nada em tardes de cinza e folhas quedadas. Fevereiro se afasta, bissexto, mais do que o habitual, com um gosto agridoce, prazer que finda, compromisso que se anuncia.

Matheus Fontella

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