quinta-feira, março 23, 2006

 

O CARNAVAL DE MIRÓ

A Fome delirando
O Carnaval do Arlequim,
Transfigurando em mim
Desejos definhando.

Tragédia tão realista,
Estetizada em Cores
Fortes, de negras Dores.
Bulimia Surrealista!

Tragédia em que Miró
Pôs ao fundo uma janela
Aberta para aquela
Sensação de estar só.

Só, tendo companhia:
Animados Insetos
Pululam como Fetos
De Mórbida Alegria.

(Matheus Fontella)

 

JABURULÂNDIA: O MAIS TERRÍVEL DOS REINOS

Para quem se indaga sobre intrincadas (e importantes) questões metafísicas, esta postagem explica as origens da Jaburu Guisado, a pior banda de todos os tempos - os primordiais, os medievais, os atuais e o dos bacanais. A JG, minha banda, tem essa denominação como forma de homenagear a sua terra natal, a Jaburulândia, situada entre a província maranhense de Raio-Que-Me-Parta (muito inóspita por sinal, habitada apenas por josés, ribamares e marimbondos de fogo) e a Groenlândia (para onde vão morrer todas as foquinhas de desenho animado, arf, arf), tendo ao leste, o refúgio de Osama Bin Laden e ao oeste, Brasília (o que dispensa qualquer comentário). Mas e o “guisado” (foto)?

Bem, o guisado é uma referência afetuosa à palavra mais feia, hedionda da língua falada na Jaburulândia, o onuês, idioma originário da ONU, em que todos falam ao mesmo tempo sobre os mesmos temas, sem ninguém se entender, então todos se ofendem, mas fica tudo por isso mesmo no final das contas... Mas será que guisado não é oriundo do português? Não, trata-se de termo emprestado ao idioma de Camões, bastando fazer uma rápida consulta na versão mais recente do dicionário organizado por Paulo Coelho – não conhecia o dicionário dele, hein? Afinal, para organizar um dicionário não é preciso saber escrever (no que PC é um grande virtuose), mas saber coletar, tal como no exame de fluidos e excrementos!!!

Bem parte 2, voltemos ao terrível reino da Jaburulândia. Por que terrível? É que neste país, tudo é sinistro, permeado pela obscuridade e trespassado por ondas intermitentes de vácuo absoluto, entrecortadas por uma risadinha sarcástica, numa sensação semelhante àquela sentida por você quando confere seu extrato bancário... E é assim que neste lugar onde Khomeini, Mussolini, Hitler, Idi Amin Dada e, recém-chegado à patota, Milosevic (já carinhosamente entrosado com o apelido de Slobo, embora ele prefira a designação de Bial, que em idioma servo significa insuportável !!!) chamam de “nosso balneário”. Aliás, é uma pena que esses lokis não conheçam Camboriú nas férias dos argentinos em março, não é mesmo?

Bem parte 3 e última, vamos a mais alguns dados sobre a Jaburulândia. Nesta insólita nação, o regime político é similar ao brasileiro: ninguém legisla, julga e executa, quer dizer até se executa, mas aí em geral são crianças, donas de casa, intrometidos (tipo jornalistas e membros do Ministério Público), negros, índios, enfim, coisas assim!!! Pela descrição do regime político, já se teve uma idéia do tipo moral do jaburulandês, não é mesmo?! Mas e o tipo físico? Neste estranho país, tudo é tão misturado, é DNA batido com cachaça, gelo e limãozinho, que não há raças, só racismo!!! Nada, portanto, muito diferente dos estágios mais civilizatórios da humanidade, tal como no reino de Gengis Khan (aquele bárbaro mongol que inspirou os operadores de telemarketing: "Sou o flagelo de Deus"), na França napoleônica, na Alemanha do Führer, nos EUA pré-Luther King (e no durante e no pós também) e no Brasil (mas neste país, diga-se por uma questão de justiça histórica, a discriminação só se manteve por 506 anos...). Ah, a moeda, a moeda da Jaburulândia é o Bush, e o correspondente a centavos é o Lula. Um exemplo de cotação: para comprar um deputado a favor da guerra no Iraque, basta um Bush, mas nenhum Lula, porque, vá lá, não é mesmo necessário. Putz, depois dessa chega, por enquanto, de falar em Jaburulândia, não é mesmo?!

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