sexta-feira, agosto 04, 2006
GARCÍA LORCA: 70 ANOS DEPOIS (E PARA SEMPRE)
No próximo dia 19, registram-se os 70 anos da morte de Federico García Lorca (1898 - 1936), célebre poeta espanhol, um dos maiores da literatura não apenas do século 20, mas de todos os tempos. Também um erudito humanista, pianista, ilustrador, dramaturgo e grande divulgador da cultura flamenca, morto covardamente, fuzilado pelo regime do general Francisco Franco. O autor de Livro de Poemas, Romanceiro Gitano, Poeta em Nova York, Pranto por Ignacio Sánchez Mejías e das peças Yerma e Bodas de Sangue é eterno. Além de sua obra, já toda editada em português, a música do conterrâneo e amigo Manuel De Falla (1876 - 1946) e o filme O Desaparecimento de García Lorca (1997), com Andy Garcia, compõem um panorama abrangente da riqueza lírica e existencial de um desses poucos que se pode nominar, sem riscos, de gênio, artista, mestre...
No próximo dia 19, registram-se os 70 anos da morte de Federico García Lorca (1898 - 1936), célebre poeta espanhol, um dos maiores da literatura não apenas do século 20, mas de todos os tempos. Também um erudito humanista, pianista, ilustrador, dramaturgo e grande divulgador da cultura flamenca, morto covardamente, fuzilado pelo regime do general Francisco Franco. O autor de Livro de Poemas, Romanceiro Gitano, Poeta em Nova York, Pranto por Ignacio Sánchez Mejías e das peças Yerma e Bodas de Sangue é eterno. Além de sua obra, já toda editada em português, a música do conterrâneo e amigo Manuel De Falla (1876 - 1946) e o filme O Desaparecimento de García Lorca (1997), com Andy Garcia, compõem um panorama abrangente da riqueza lírica e existencial de um desses poucos que se pode nominar, sem riscos, de gênio, artista, mestre...
CAPRICHO
Nem sempre o sábado será bonito.
Nem sempre a festa será possível.
Mas e daí, o que importa isso
Quando o fogo entrelaça o doce.
Quando a noite abrange o fascínio.
E no olhar de Musa, nesga do divino,
Dança, dança, dança
O Leão alado do Capricho,
Aquele Capricho
Pelo qual se trucidam
Felizes
Os estetas.
(Matheus Fontella)
Nem sempre o sábado será bonito.
Nem sempre a festa será possível.
Mas e daí, o que importa isso
Quando o fogo entrelaça o doce.
Quando a noite abrange o fascínio.
E no olhar de Musa, nesga do divino,
Dança, dança, dança
O Leão alado do Capricho,
Aquele Capricho
Pelo qual se trucidam
Felizes
Os estetas.
(Matheus Fontella)