terça-feira, junho 05, 2007

 
A LOIRA E O CAMELO

Ela vinha em minha direção, radiante,
No meio da tarde e num olhar de quem não se importa
Com o estranho que logo passará ao seu lado,
O estranho, não sabe ela, que sabe seu nome,
O que faz e, pára por aí, porque ao estranho
Na verdade bastaria a beleza dela e, quem sabe,
O paraíso reencontrado de um oi e na forma
De um sorriso, mas não há sorriso e a loira segue
Radiante, enquanto também segue o estranho
Com sua expressão triste numa cara de camelo gripado.

(Matheus Fontella)

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