terça-feira, outubro 21, 2008
POEMAS RECENTES Ordens contrárias Quero ficar sozinho De ti não me desligo São ordens contrárias Distintas e várias Mergulhar no escuro Adormecer no sol Tua dança me assassina Enquanto se aninha A lua desavergonhada Satélite de tua risada E a hora segue o doce tranco De teu vestido branco Ambivalência Desde que você se foi Tudo ocorre assim Nublado e sem calor O riso longe de mim Era hora que eu temia Tamanha sensação evocava Nela, se havia água Certa também a lava E desse modo ambivalente Amor e ódio em cada rodada Desmoronou nosso castelo de cartas No mar, no medo, no nada. Novas Histórias Velhas Um mundo fétido Assassinos e estupradores Um mundo pérfido Ladrões e senadores Um mundo turbulento Especuladores Os bons morrem cedo Doutrina do medo Féretro do desejo Morte hedonista Esvaziada de sentido Descrença em abrigo Nulidades tomam assento Nos fornecem veneno Nos condenam à merda E contabilizam o ar. Mirante Tarde, Quando o sol ja é brasa no Ocidente, Fujo da queima dos carros E em meu peito, À beira-rio, Ela embala o sonho E acorda O riso mais limpo. (Matheus Fontella) |