quinta-feira, novembro 30, 2006
DOIS POEMAS
1. Rio
Cadeira de ferro ocupada.
Caneca de chope vazia.
Mulata de erro na curva
Passando sozinha na praia.
Cadeira na curva de chope.
Caneca sozinha de erro.
Mulata de ferro passando
Vazia na praia ocupada.
Não mais! Não mais!
2. Samba
Linda, quando for estender
Seus desejos
Na orla de Ipanema,
Dê, por favor, um abraço
Na minha lembrança,
Um abraço quente
Feito Verão clássico
De gozo e sangue,
Verão de gozo e violão,
E me esqueça então,
Como um Rio que tentou
Passar em seu destino,
Rio que ficou inerte, tímido
Diante
Do Oceano.
(Matheus Fontella)
Ilustração: 'Duas Mulatas', tela de Di Cavalcanti
1. Rio
Cadeira de ferro ocupada.
Caneca de chope vazia.
Mulata de erro na curva
Passando sozinha na praia.
Cadeira na curva de chope.
Caneca sozinha de erro.
Mulata de ferro passando
Vazia na praia ocupada.
Não mais! Não mais!
2. Samba
Linda, quando for estender
Seus desejos
Na orla de Ipanema,
Dê, por favor, um abraço
Na minha lembrança,
Um abraço quente
Feito Verão clássico
De gozo e sangue,
Verão de gozo e violão,
E me esqueça então,
Como um Rio que tentou
Passar em seu destino,
Rio que ficou inerte, tímido
Diante
Do Oceano.
(Matheus Fontella)
Ilustração: 'Duas Mulatas', tela de Di Cavalcanti