terça-feira, novembro 07, 2006
A BELEZA NO AUGE
Sentada no banco do fim da tarde,
A timidez desenhava uma dessas cenas
Que, de parecerem extintas, evocam nostalgia...
Um cão errante e sem alarde
Passou em frente ao quadro raro,
Esse em que os protagonistas
Não possuíam mais cores no rosto e nas mãos
A não ser aqueles tons de medo e desejo,
Não possuíam mais temores nos olhos,
Não mais do que aqueles gostos de vidraça e machado,
Não possuíam, enfim, os protagonistas
A tarde, o banco, os pés, o cão, nenhum resquício de chão...
Possuíam eles apenas umas poucas palavras
Remetendo a uma outra realidade
Em que a vida não se indaga,
Já que a Beleza está no Auge.
E as árvores comentaram um certa paixão.
(Matheus Fontella)
Sentada no banco do fim da tarde,
A timidez desenhava uma dessas cenas
Que, de parecerem extintas, evocam nostalgia...
Um cão errante e sem alarde
Passou em frente ao quadro raro,
Esse em que os protagonistas
Não possuíam mais cores no rosto e nas mãos
A não ser aqueles tons de medo e desejo,
Não possuíam mais temores nos olhos,
Não mais do que aqueles gostos de vidraça e machado,
Não possuíam, enfim, os protagonistas
A tarde, o banco, os pés, o cão, nenhum resquício de chão...
Possuíam eles apenas umas poucas palavras
Remetendo a uma outra realidade
Em que a vida não se indaga,
Já que a Beleza está no Auge.
E as árvores comentaram um certa paixão.
(Matheus Fontella)