terça-feira, junho 20, 2006

 
PÉROLAS DA TV NA COPA

A equipe (a começar por aquela tentativa de locutor...) de uma certa emissora de TV nacional vem se superando a cada partida do Mundial de Futebol nos quesitos desconhecimentos, gafes, asneiras e até preconceitos: já na primeira rodada, em Irã e México, o capitão do time iraniano presenteou o do México com uma bela e cara tapeçaria emoldurada e o locutor (mas não aquele ainda), tchan, tchan, lascou "parece um tapete!". Ninguém ensinou para ele que o Irã se chamava Pérsia até 1925... A expressão tapete persa quiçá ajudasse. Mas isso não é nada!

No último domingo, no joguinho Croácia e Japão, duas pérolas selvagens: durante o jogo, o segundo pior locutor da emissora, emendou essa ao ser dado close numa torcedora japonesa depois de um chute para fora em ataque da equipe nipônica: "é, a senhora achou que ia dar e não deu!". Para completar, seguiram-se longos segundos de silêncio... E após essa partida, em meio às comemorações de cada lado, um repórter comenta assim sobre uma menina japonesa toda uniformizada: "deliciosa inocência infantil!". Pedofilia mal-disfarçada?

Para fechar, por enquanto, no jogo do Brasil contra Austrália, agora sim aquele locutor insiste em contrariar as imagens e afirma que Ronaldo Nazário recupera sua forma física... E, na segunda-feira, em outro joguinho, Suíça e Togo, o comentarista faz a seguinte análise sócio-histórica-cultural: "é o confronto de um país civilizado com um outro... menos civilizado!" E, dias antes, do mesmo comentarista, sobre a estréia de Trinidad e Tobago contra a veterana de copas, Suécia: "não vou opinar, porque não sei nada sobre o futebol de lá!"... Melhor mesmo é olhar a TV muda, mudinha... Ou como será a transmissão em sueco?

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