quinta-feira, junho 08, 2006
EM-VEZ-DE
Da Montanha do Em-Vez-De
Diviso o mar e até a brisa,
Invejando-os, porque agora
Mimam, sozinhos, Carolina.
Mais areais, menos reais
São as cortes do meu sonho,
Distantes como a quimera,
Vizinhas feito o tristonho.
E adormeço já sem o sonho,
O mais sorridente fascínio,
Longe ao jeito de etéreo,
Perto ao modo de espinho.
Plantas, peixes, gaivotas,
Tudo, tudo se dissolve,
Digo então ao desespero:
Fingir que não é luto resolve!
Raízes, mergulhos, vôos,
Nada, nada se apresenta,
Cânceres, caranguejos,
Redes do que se ausenta.
Quanto tempo passado,
Verões de Ontem, sanguíneos,
Marés e rumos sepultaram
O fim da tarde e seus recintos.
O fim da tarde, aquele em que
A encontrei, a encontrei sorrindo,
Mas o presente me faz escárnio,
Sempre sua voz ficando, indo...
Da Montanha do Em-Vez-De
Diviso o mar e até a brisa,
Lamentando-os, porque agora
Querem, perdidos, Carolina.
Sempre sua voz ficando, indo...
(Matheus Fontella)
Da Montanha do Em-Vez-De
Diviso o mar e até a brisa,
Invejando-os, porque agora
Mimam, sozinhos, Carolina.
Mais areais, menos reais
São as cortes do meu sonho,
Distantes como a quimera,
Vizinhas feito o tristonho.
E adormeço já sem o sonho,
O mais sorridente fascínio,
Longe ao jeito de etéreo,
Perto ao modo de espinho.
Plantas, peixes, gaivotas,
Tudo, tudo se dissolve,
Digo então ao desespero:
Fingir que não é luto resolve!
Raízes, mergulhos, vôos,
Nada, nada se apresenta,
Cânceres, caranguejos,
Redes do que se ausenta.
Quanto tempo passado,
Verões de Ontem, sanguíneos,
Marés e rumos sepultaram
O fim da tarde e seus recintos.
O fim da tarde, aquele em que
A encontrei, a encontrei sorrindo,
Mas o presente me faz escárnio,
Sempre sua voz ficando, indo...
Da Montanha do Em-Vez-De
Diviso o mar e até a brisa,
Lamentando-os, porque agora
Querem, perdidos, Carolina.
Sempre sua voz ficando, indo...
(Matheus Fontella)